SUPLEMENTAÇÃO DE SAIS CÁLCICOS DE ÁCIDOS GRAXOS PARA BOVINOS LEITEIROS

Nathaly Ana Carpinelli
Zootecnista, UFPel
Ms. Produção Animal, SDSU
Coordenadora Comercial, Nutricorp

A utilização de suplementos energéticos a base de lipídios pode ser uma estratégia para aumentar o adensamento energético na dieta de vacas leiteiras. Além disso, podem servir como uma fonte de ácidos graxos essenciais (AGE), aumentando a absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e a palatabilidade da dieta, assim como promovendo um menor incremento calórico ruminal e melhorando a homogeneização dos ingredientes durante a mistura da dieta/alimentos (Palmquist, 1988; Zinn & Jorquera, 2007).

Esse tipo de suplemento pode ser adicionado na dieta de várias categorias animais, desde que acompanhada pelo nutricionista da fazenda. Os lipídios podem servir como uma alternativa para períodos de baixo consumo de matéria seca (CMS), como por exemplo o período de transição. Nessa fase, sabe-se que as vacas diminuem o CMS principalmente antes do parto e, por isso, a suplementação poderia ser feita durante o período seco visando que, mesmo sob um baixo CMS, o consumo de energia seja maximizado. Além disso, devido aos efeitos positivos na reprodução, a suplementação pode ser uma boa opção para novilhas ou vacas lactantes antes do início do protocolo reprodutivo. Por fim, a utilização desse suplemento em vacas no período de lactação, pode trazer benefícios nos aspectos produtivos dos animais, além da substituição por ingredientes energéticos que estejam promovendo um custo elevado na dieta.

Os sais cálcicos de ácidos graxos (SCAG) são moléculas de lipídios encapsulados com sabões de cálcio, com a finalidade de diminuir a biohidrogenação ruminal e o consequente efeito antimicrobiano dos ácidos graxos (AG) no rúmen. A maioria dos SCAG disponíveis no mercado normalmente apresentam altas concentrações de AG de cadeia longa que são advindos principalmente de fontes vegetais, podendo apresentar cadeia saturada ou insaturada. Nessas fontes, os AG mais observados incluem o ácido palmítico (C16:0), esteárico (C18:0), oleico (C18:1) e linoleico (C18:2n-6) (Loften et al., 2014).

As vantagens da utilização dos SCAG na dieta de vacas leiteiras são:

  • Efeito bypass pelo rúmen: Os lipídios protegidos escapam do processo de fermentação ruminal. Para os AG monoinsaturados (C18:1) e poli-insaturados (C18:2n-6) a proteção é ainda mais importante, pois se tornam mais susceptíveis ao processo de biohidrogenação ruminal através da ação de algumas bactérias (Butyrivibrio fibrosolvens e Anaerovibrio lipolytica).
  • Maior fornecimento de AG ao duodeno: Os lipídios seguem diretamente para o duodeno, onde ficam disponíveis para absorção e utilização no metabolismo.

 

Sendo assim, quando os SCAG são incluídos na dieta, eles não servem somente como uma fonte de energia, mas podem também atuar no metabolismo dos ruminantes e contribuir para funções produtivas e reprodutivas, demonstrando a sua função nutracêutica (Williams & Stanko, 2000). Com base nisso, o objetivo desse artigo é apresentar os efeitos positivos da suplementação de diferentes AG no metabolismo e saúde de vacas leiteiras.

 

DADOS EM BOVINOS LEITEIROS

 

Rabiee et al. (2012) conduziram uma meta-análise e meta-regressão para avaliar os efeitos da suplementação de diferentes fontes de gordura na produção e composição do leite em vacas leiteiras. Para o estudo ser incluído na análise, alguns critérios foram utilizados:

  • Artigos publicados em periódicos revisados, depois de 1980.
  • Desenho experimental em períodos (crossover ou quadrado latino) foi excluído da análise.
  • Somente vacas em lactação.
  • Comparação entre um grupo não suplementado com alguma fonte lipídica.
  • Cinco fontes lipídicas foram incluídas: sebo, sais de cálcio da gordura da palma, sementes oleaginosas (sementes inteiras de algodão e produtos de soja e, em um caso, com óleo livre), gordura peliculada e outros sais de cálcio.
  • Não tivesse a suplementação com fonte lipídica marinha.
  • Apresentasse análise estatística.

 

O conjunto final de dados analisados na revisão de Rabiee et al. (2012) abrangeu 38 estudos, resultando em 86 comparações. Vale salientar que essa revisão não colocou um limite da inclusão do suplemento lipídico, que muitas vezes, pode não representar a realidade da nutrição das fazendas leiteiras. No entanto, a inclusão de suplementos lipídicos apresentou aumento na produção de leite (1,05 kg/vaca dia), assim como na porcentagem e teor de gordura do leite. Em contrapartida, a suplementação lipídica diminuiu o consumo de matéria seca (CMS), resultando, assim, em uma melhor eficiência para produção de leite.

Em geral, a maioria dos experimentos com suplementação lipídica na dieta de vacas leiteiras sugere um efeito positivo na produção e composição do leite. De acordo com Palmquist (1994), isso ocorre pelo aumento do consumo total de energia, geração mais eficiente de ATP vs. ácidos graxos voláteis (AGV) e pela incorporação de AG de cadeia longa na gordura do leite. Além disso, um mecanismo proposto para o aumento na produção de leite pela suplementação com SCAG é a “poupança de glicose” na glândula mamária, por exemplo. Essa glicose que não é utilizada para a produção de gordura do leite acaba sendo direcionada para outros processos, tais como a síntese de lactose e produção de leite (Palmquist & Jenkins, 1980).

Os suplementos lipídicos encontrados no mercado apresentam diferentes perfis e porcentagens de AG em sua composição, resultando em respostas produtivas e metabólicas distintas em vacas leiteiras. Em um estudo recente, de Souza et al. (2018) avaliaram os efeitos da alteração na proporção de AG de cadeia longa utilizando diferentes suplementos lipídicos vs. uma dieta controle. Em resumo, os efeitos observados de cada AG foram:

  • Ácido palmítico (C16:0): aumento na produção de leite e gordura do leite.
  • Ácido esteárico (C18:0): aumento no CMS e na produção de leite.
  • Ácido oleico (C18:1): reposição de gorduras corporais, resultando em uma mantença e/ou recuperação mais acelerada do escore de condição corporal (ECC).
  • Ácido linoleico (C18:2n-6): processo inflamatório, imunidade e desenvolvimento embrionário. Além disso, há uma inibição na produção de leite, síntese da gordura do leite e CMS, associado ao processo de BH e formação de intermediários no rúmen.
  • Ácido linolênico (C18:3n-3): processo inflamatório, imunidade e sobrevivência embrionária.

 

Ácidos graxos saturados

A utilização de suplementos a base de AG saturados (AGS) vem mostrando resultados positivos em bovinos leiteiros. Os mais utilizados são o C16:0 e C18:0, advindos principalmente da palma e gorduras vegetais, respectivamente. Em uma revisão de literatura, Loften et al. (2014) descreveram a ação do C16:0 e C18:0 no metabolismo de vacas leiteiras e demonstraram que, apesar de suas funções serem específicas, eles ainda possuem papéis complementares no metabolismo.

O percentual de absorção desses AG no duodeno é a mesma, entretanto a concentração nos tecidos pode ser diferente (Loften et al., 2014). Douglas et al. (2007) reportaram o perfil de AG no tecido adiposo, hepático e plasma sanguíneo, e observaram que o C16:0 é mais abundante quando comparado com o C18:0. Entretanto, durante o período de balanço energético negativo (BEN), o C18:0 não acumula no fígado, mostrando que, possivelmente, seja utilizado para oxidação ou secretado no leite. Em resumo, a revisão demonstra que a suplementação combinada de C16:0 e C18:0 pode otimizar a produção de leite e a performance das vacas. Sendo assim, a utilização de suplementos que contenham ambos os AG pode ser benéfica para os animais.

O efeito isolado dos AGS também foi reportado na literatura. Mosley et al. (2007) suplementaram diferentes níveis (0, 500, 1.000, e 1.500 g/d) de ácido palmítico (87%; C16:0) para vacas leiteiras no período de lactação. A suplementação de 500 g/d promoveu um aumento no CMS, produção de leite, gordura e proteína, e porcentagem de gordura no leite. Lock et al. (2013) e Piantoni et al. (2013) suplementaram ácido palmítico (86%; C16:0) na proporção de 2% da matéria seca (MS) e observaram um aumento na produção de leite e gordura, com pouco ou nenhum efeito na síntese ‘de novo’ de ácidos graxos no leite.

No metabolismo, de Souza et al. (2019) reportaram o efeito do C16:0 em vacas leiteiras durante o pós-parto imediato até o pico de produção de leite. Os tratamentos foram divididos em pós-parto imediato (PPI; 1-24 dias), contendo uma dieta controle (CON) ou suplemento de C16:0 (PLM; 1,5% da MS). No pico de produção de leite (PPL; 25-67 dias), os animais foram divididos em 4 grupos: vacas que receberam CON no PPI e PPL (CON-CON); vacas que receberam CON no PPI e trocaram para PLM no PPL (CON-PLM); vacas que receberam PLM no PPI e trocaram para CON no PPL (PLM-CON); vacas que receberam PLM no PPI e PPL (PLM-PLM). Amostras de sangue foram coletadas nos dias 5, 12, 19, 33, 47 e 61 pós-parto para determinação de parâmetros sanguíneos relacionados ao metabolismo energético, mineral e endócrino. Nesse estudo, os autores observaram um aumento nos ácidos graxos não esterificados (AGNE) de animais suplementados com C16:0 no PPI, mas esse efeito está associado a maior perda de ECC e peso vivo (PV) (de Souza e Lock, 2018) nessa fase. Além disso, a suplementação com PLM causou uma queda na concentração de insulina em ambos os períodos, fato este podendo estar associado a um melhor direcionamento de energia para o leite ao invés das reservas corporais, promovendo assim efeitos na secreção de insulina ou na sensibilidade dos tecidos à insulina.

A suplementação de ácido esteárico foi reportada por Piantoni et al. (2015) e Boerman et al. (2016). A adição de ácido esteárico (98%; C18:0) no nível de 2% da MS aumentou o CMS, produção de leite e componentes do leite, sem afetar a eficiência alimentar, ECC e PV (Piantoni et al., 2015). Em outro estudo, a suplementação com ácido esteárico (93%; C18:0) em diferentes níveis da MS da dieta (0, 0,80, 1,50, ou 2,30% MS) resultou em um aumento linear no CMS, sem efeitos na produção e/ou composição do leite. Além disso, o aumento nos níveis de suplementação resultou em um modesto aumento dos AG C18:0 e C18:1 cis-9 na gordura do leite, não sendo suficiente para afetar o teor de gordura do leite (Boerman et al., 2016).

Yanting et al. (2019) reportaram a diferença do efeito entre C18:0 e C18:1 cis-9 em uma dieta contendo baixo ou alto nível de AG no início da lactação. Parâmetros metabólicos foram analisados e o sangue foi coletado no pós-parto, nas semanas 4, 6, 8, 10 e 12. Esses autores observaram que a suplementação com baixo nível de C18:0 promoveu um aumento nas concentrações circulantes de beta-hidróxido butirato (BHB), sugerindo que a suplementação com C18:0 tenha efeito no metabolismo lipídico e possa sintetizar mais BHB através de rotas metabólicas alternativas.

A combinação da utilização dos dois AGS foi avaliada por Western et al. (2020). Eles avaliaram os efeitos de uma (1) dieta controle, (2) dieta com adição de C16:0 e (3) dieta com adição de C16:0 e C18:0. O suplemento foi adicionado a uma taxa de 1,5% da MS. A produção de leite aumentou nos animais suplementados com gordura, enquanto o suplemento a base de C16:0 apresentou efeitos positivos na produção de leite corrigida (ECM) e teor de gordura no leite. Em contrapartida, não foram observados efeitos positivos da suplementação com AG e/ou do perfil de AG no CMS e PV dos animais. De acordo com esses resultados, os autores concluíram que animais produzindo em torno de 45 kg de leite respondem melhor a uma suplementação de C16:0 do que a uma combinação de C16:0 e C18:0. Nos parâmetros sanguíneos, a suplementação com gordura não teve efeito na insulina e BHB, mas aumentou a concentração de AGNE vs. a dieta controle.

Ácidos graxos insaturados

A suplementação de AG monoinsaturados (C18:1) e poli-insaturados (C18:2n-6) para bovinos leiteiros deve ser feita com muita cautela e acompanhada pelo nutricionista da fazenda, pois pode promover diminuição da gordura do leite. De acordo com Bauman & Griinari (2001), a depressão na gordura do leite é um conceito clássico e comumente observado em cenários onde suplementos lipídicos vegetais e/ou marinhos são oferecidos ao rebanho. A explicação para isso é que esses AGs sofrem o processo de biohidrogenação ruminal. Em condições específicas, compostos intermediários, denominados ácidos linoleicos conjugados (CLA; trans-10, cis-12 CLA), que modificam o funcionamento e a síntese de gordura na glândula mamária, através da alteração na expressão de genes relacionados ao metabolismo lipídico (Bauman et al., 2011).

Estudos observaram que a suplementação de SCAG de trans-10, cis-12 CLA, promoveu uma consistente redução no nível de gordura do leite vacas de leite sob diferentes estágios de lactação (Bauman et al., 2011). Além disso, um estudo recente indicou que a suplementação de SCAG de CLA (15 g/kg MS) reduziu o teor de gordura no leite, acompanhada pela diminuição no diâmetro dos glóbulos de gordura no leite (Xing et al., 2020). Isso porque na glândula mamária, a gordura do leite é secretada na forma de glóbulos, sendo estruturas únicas compostas principalmente de triglicerídeos envoltas sobre uma membrana lipídica. Alguns estudos avaliaram o efeito dos AG poliinsaturados em aspectos produtivos de vacas leiteiras. Macedo et al. (2016) demonstraram que a suplementação de SCAG (250 g/dia) combinado com um nível baixo de concentrado (3 kg/dia) resultou em um aumento na produção de leite e não apresentou um efeito nos teores de sólidos e gordura no leite. Em contrapartida, de Souza et al. (2017) avaliaram o efeito da inclusão de SCAG de óleo de soja (4,9% MS) nos parâmetros produtivos de bovinos leiteiros a pasto. Os animais receberam o tratamento durante as semanas 3 e 16 pós-parto, sendo que o efeito carryover foi avaliado durante toda a lactação. O suplemento a base de SCAG de soja resultou em uma queda no teor de gordura e CMS, mas promoveu uma baixa mobilização das reservas corporais e pouca variação no PV e ECC dos animais durante toda a lactação.

De acordo com a revisão de Palmquist & Jenkins (2017), alguns estudos têm mostrado efeitos da utilização de gordura poliinsaturada no metabolismo dos animais. A infusão abomasal de C18:2 n-6 e C18:3 n-3 afetou a biossíntese de oxilipídios no tecido mamário e a severidade de mastite em vacas leiteiras (Ryman et al., 2017). Os oxilipídios são moléculas lipídicas mediadoras que auxiliam na regulação da resposta inflamatória. Os principais precursores dos oxilipídios são os AG poliinsaturados, sendo que sua síntese depende da disponibilidade dos AG e das enzimas envolvidas nas rotas metabólicas. A literatura atual suporta o conceito de que a suplementação com dietas que contenham AG poliinsaturados pode afetar a biossíntese e alterar a capacidade funcional dessas células envolvidas na resposta inflamatória (Sordillo, 2018).

Estudos in vitro reportaram os efeitos dos AG em células epiteliais bovinas da glândula mamária e concluíram que a suplementação com CLA e AGE afetou a resposta celular contra o estresse oxidativo (Basiricò et al., 2017). Outro estudo in vitro demonstrou que a suplementação com AG reduziu a expressão de citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias (Dipasquale et al., 2018). Em vacas leiteiras, a alteração na proporção de C18:2 n-6 e C18:3 n-3 afetou a função imune e a resposta inflamatória durante o desafio com lipopolissacarídeo (Greco et al., 2015).

CONCLUSÃO

Os suplementos energéticos possuem um perfil diferente de AG que podem atuar de diversas maneiras no metabolismo dos animais, aumentando a eficiência produtiva dos animais, com respostas em produção e composição de leite e CMS, por exemplo. É de suma importância uma avaliação detalhada do suplemento, da dieta e da categoria animal para considerar a adição de uma fonte lipídica na dieta dos animais. Além disso, nós como técnicos, devemos considerar o objetivo do produtor e quais os resultados esperados da adição de um suplemento lipídico.

No momento atual, com o preço alto dos insumos (milho, soja, caroço de algodão), a suplementação com SCAG torna-se uma alternativa viável para minimizar os custos dentro do sistema produtivo, além de promover muitos resultados positivos para o rebanho.

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