No mercado do boi gordo o mês de fevereiro fechou com baixa em relação ao mês de janeiro. Segundo os dados do CEPEA/B3, a média mensal fechou em 237,48 reais/@, uma desvalorização de quase 4,75%MoM e 16,80%YoY. A grande justificativa para essa desvalorização é alta nas ofertas de animais para o abate, não trazendo grande pressão aos compradores de gado que conseguiram testar preços mais baixos.
Para o mês de março os primeiros dias de negociação apontam que o mercado segue a tendência do mês passado. Comparando os preços dos primeiros 5 dias corridos do mês a @ está cotada em 234,48 reais, 1,41% menor no comparativo com fevereiro. Segundo as informações divulgadas pela Agriffato, os frigoríficos estão trabalhando neste início do mês com escalas mais confortáveis, cerca de 10 dias.
Olhando para o mercado futuro o boi está cotado para 31 de março a 230,00 reais/@, certa desvalorização se compararmos com os preços praticados hoje. Para os próximos meses os contratos estão apontando uma média de 226 reais.
Passando para a engorda, os dados divulgados pela LAE mostram que os custos para engorda apresentaram alta no mês de fevereiro para confinamentos em São Paulo e baixa para Goiás.
Conforme o boletim, os confinamentos grandes de São Paulo fecharam o período de fevereiro com um custo de diária/boi 15,13 reais; 15,51 para confinamentos médios. Boa parte deste aumento está atrelado ao aumento do custo do milho na região. No estado de Goiás, a desvalorização de quase 2% ocorreu devido à desvalorização do caroço.
Milho
De acordo com os dados divulgados pelo CEPEA, o mercado do milho está trabalhando em queda no mês de fevereiro com a saca cotada à 62,58 reais, -4,94%MoM e desvalorização de 27,02%YoY.
Para o mês de março o mercado começou trabalhando no cenário inverso. Na B3 a commodity apresentou uma alta de 0,41% em relação ao mês anterior.
O grande foco do mercado, agora é no cenário climático que o Brasil apresentará e qual será a expectativa da safrinha. Segundo as informações divulgadas pela Agrinvest Commodities, o ano de 2024 deve apresentar um comportamento parecido com 2015/2016, ano de El Niño. O mercado futuro também apresentou alta para os contratos de março, média de 62,65 reais/sc.
